segunda-feira, 2 de junho de 2008

Superioridade Subjectiva

Superioridade Subjectiva

É verdade que ao longo da História da Humanidade se deram grandes vitórias e grandes feitos.

Mas será que, tal como questiona Brecht, as vitorias foram apenas resultado do esforço dos grandes nomes? Será que não é de louvar o papel daqueles cujo nome não foi pronunciado?

Considerando o caso da edificação do Convento de Mafra, posso concluir que, embora contra a própria vontade, e sobre rígidas ordens de superiores, o mérito da construção deste edifício pertenceu àqueles “quarenta e cinco mil trabalhadores”, que, “amarrados em cordadas”, se submeteram à vontade de um ser que se viu obrigado a edificar um enormíssimo convento e palácio, para que o seu desejo de poder trazer ao mundo um herdeiro se realizasse.

Mas eis que não é este, o rei, que por mão própria vai defender a honra , mas sim o povo, que posto desta forma lhe vai cumprir a missão. Por outras palavras, é pela mão do povo que o rei consegue o herdeiro.

É esta errada ideia de superioridade que Brecht tenta mostrar através do seu texto.

Jorge Rosa nº 17, 12ºJ


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