tag:blogger.com,1999:blog-92144130977967673432024-03-13T09:46:00.889-07:00ijotakapaEste é um blog das Turmas I, J e K do 12º Ano da Escola Secundária Artística António Arroio,na disciplina de Português. Ano lectivo 2007/2008.
Funciona como um dossier virtual da disciplina, comum às três turmas.
Contém informação específica, informação variada e trabalhos dos alunos.Anonymousnoreply@blogger.comBlogger209125tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-9067042805869584682008-06-04T10:30:00.000-07:002008-06-04T10:33:21.723-07:00À maneira do heterómino Álvaro de Campos<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">À maneira do heterómino Álvaro de Campos<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Rodo a torneira<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Ela cai, desamparada, bem quente<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Bem quente, escalda a epiderme<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">E já me queima, me ferve o sangue<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">E então?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Só o choque com o extremo<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Me consegue consolar<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Só assim me adormece, me aquece e faz esquecer<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Os tremores gelados, o reflexo do pensamento<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Que também tremelica<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">E simula um abraço quente de que preciso<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">O que bastava para me sossegar<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Enquanto me envolve<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Talvez me limpe por segundos<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">E me abstraia o palco atafulhado da minha mente<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Apertado, no qual as personagens<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Já tropeçam nas preocupações contornáveis<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Por ali espalhadas<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Para a água circundante<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Lanço olhares rígidos<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Observo-a tão fugaz e igual a si mesma<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Peço-lhe que me limpe os pesos da alma<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Se ao menos eles se desprendessem<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Com um mero sacudir da cabeça, <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Caíssem e se afogassem, <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">E corressem com ela, a uma velocidade tao despachada<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Numa fuga sem retorno<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Talvez aí a palavra “banho”<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Ganhasse novo significado<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">E a pureza não se cingisse só ao que é palpável<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Ah se pudesse desintoxicar<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">As frases que ecoam na mente<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Numa breve cirurgia removesse<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">O que é maligno<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Descarregar so um pouco, mas que seria tanto<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Esta caixa acorrentada e inconfortável<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">E assim, ver de longe afundar<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Os contaminados sentimentos que<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Por aqui me ferem<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Ela continua a correr<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Alheia ao que penso dela<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Ao pedido que lhe faço<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Não me ouve, tão pouco precisa<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Dos pesados pensamentos, que lhe regateiam<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Não os quer, <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Quer correr veloz, sem entraves<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Fico com eles, pois a mim estão bem pregados<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">E como graves parasitas não irão descolar.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Vejo-lhe os últimos resquícios,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Parece até esboçar um copioso sorriso<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Por se ver livre de mim<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Como foge das latejantes<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;">Lamúrias de mim.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 9pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center"><span style="font-size: 9pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center"><span style="font-size: 9pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: right;" align="right"><span style="font-size: 9pt;">Andreia Silva, nº6 – 12ºK<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: right;" align="right"><span style="font-size: 9pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-57330526793681969352008-06-02T05:03:00.000-07:002008-06-02T05:07:42.067-07:00À maneira de Raymond Queneau, Exercices de Style<p class="MsoNormal">Exercícios de estilo</p> <p class="MsoNormal">A partir de um excerto de <span style="font-style: italic;">Memorial do Convento:</span><br /></p><p class="MsoNormal">Página 39</p> <p style="font-style: italic;" class="MsoNormal">Ao outro dia, aí pelas onze horas dele, bateu à portaria do convento um estudante, cujo convém dizer logo que desde há tempos andava pretendendo o hábito da casa, frequentando com grande assiduidade os frades dela, e esta informação se dá, primeiro, por ser verdadeira e sempre servir a verdade para alguma coisa, e, segundo, para auxiliar quem se dedique a decifrar actos cruzados, ou palavras cruzadas quando as houver, enfim, bateu o estudante à portaria e disse que queria falar ao prelado.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><b style="">Notas:<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal">Num dia; pelas onze horas. Estudante frequente e assíduo bate a porta do convento porque quer falar ao prelado. A informação é verdadeira, porque a verdade para alguma coisa e auxilia a decifrar actos e palavras cruzadas que existam.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><b style="">Retrógado:<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal">Dizendo que queria falar com o prelado, a portaria bateu o estudante, enfim, palavras cruzadas ou actos cruzados, quando os há, são decifrados por quem se dedique auxiliando, segundo a teoria que sempre serve a verdade para alguma coisa e primeiro, por ser verdade a informação de que os frades da casa são com grande assiduidade frequentados, pois o hábito está pretendendo há tempos, convém dizer, o tal um estudante que à portaria do convento bateu, aì pelas onze horas, ao outro dia.</p> <p class="MsoNormal"><b style="">Hesitações:<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal">Terá sido no outro dia? Não me recordo bem, mas sim, acho que foi… De manhã? À tarde? Talvez ai pelas onze horas dele. Bem, bateu acho que um estudante, agora não sei se terá sido à portaria de um convento ou de uma capela, mas acho que há algum tempo que pretendia alguma coisa… Mas o quê? Talvez o hábito da casa… Sim, não tenho a certeza, mas acho que frequentava o sítio muitas vezes. Mas será esta informação verdadeira? Talvez. E será que serve a verdade para alguma coisa perante tanta dúvida? Não sei… Nem sei se haja quem se dedique a decifrar actos e palavras cruzadas, e muito menos sei se as há. Ai, enfim… acho que ele bateu a portaria e queria ou falar ao prelado ou… se calhar era à sua irmã, não tenho a certeza.</p> <p class="MsoNormal"><b style="">Euforia; Exclamação:<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal">Bem! No outro dia, aí pelas onze horas, houve um acontecimento inédito! Um estudante bateu à porta do convento! E mais! Não é que já andava há tempos a frequentar o mesmo com uma extraordinária assiduidade? E tenho a certeza do que digo, porque primeiro se esta informação foi-me dada e tenho a certeza que se me foi dada é por ser verdadeira e porque a verdade há-de servir para qualquer coisa! E depois, eh pá… mas que acontecimento, ainda nem estou em mim! Bem, como eu estava a dizer, segundo porque há quem goste de decifrar estes casos maravilhosos da vida! Foi fenomenal, nem eu tinha ouvido acontecimento mais polémico há tanto tempo!<span style=""> </span>E o mais engraçado de tudo, é que o estudante até bateu a porta e pediu para falar ao prelado! Inacreditável, não?!</p> <p class="MsoNormal"><b style="">Contra-capa de livro:<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal">Um extraordinário romance que nos leva a reflectir sobre a verdadeira essência da verdade, no seu mais puro estado. Um romance que nos faz sonhar, ver e reviver as nossas próprias experiências através da história de um estudante que se torna num protagonista cúmplice para com o leitor, fazendo-o questionar-se sobre as nossas fontes e sobre quem as questiona e decifra. Um romance para ler e reler, para saborear e aproveitar.</p> <p class="MsoNormal">“bateu o estudante à porta e disse…” </p> <p class="MsoNormal"><b style="">Carta Oficial:<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal">Ex. Senhor;</p> <p class="MsoNormal">Venho por este meio comunicar-lhe o mais recente acontecimento que por aqui se pode assistir. No outro dia tivemos a honra de termos sido visitados por um jovem estudante, bastante interessado nas nossas instalações e no hábito da casa. Podemos nós lhe garantir o seu interesse, devido à sua inabalável assiduidade e à veracidade destes factos, que provam que a verdade existe para alguma coisa, pois existem testemunhas que confirmam este prestável caso. Podemos ainda acrescentar-lhe que o jovem estudante veio com boas intenções e estamos confiantes de que haverá uma próxima visita por parte deste.</p> <p class="MsoNormal">Prometemos estar atentos à situação e enviaremos notícias, se as houver.</p> <p class="MsoNormal">Com os melhores cumprimentos; </p> <p class="MsoNormal">O Prelado.</p> <p class="MsoNormal"><b style=""><span style="" lang="EN-US">Estrangeirado:<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal"><span style="" lang="EN-US">At the other day, aí pelas eleven horas, an etudant knock knock<span style=""> </span>knocking at the convento’s door, que há tempos o frequentava avec<span style=""> </span>grand assiduidade. </span>Esta informação é verdadeira porque wahr serve sempre para quelque chose e depois, auxilia quem se dedica a decifrar these crazy acts or words cruzadas quando they shows. Well, knock knock knockin on the convento’s door et the pequeno estudante queria um “parlápié” com o prelado. </p> <p class="MsoNormal"><b style="">Problema/Enunciado:<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal">Considerando o dia X com as horas Y, resolva a seguinte equação tendo em conta o tempo real desde quando o estudante que se dedicava fielmente à frequência do convento bateu à sua porta até ao momento em que pediu para falar com o prelado, tendo em conta que a verdade M se encontra num plano de auxilio M’ que deverá usar para decifrar ou actos cruzados denominados por L ou palavras cruzadas denominadas por K. Resolva a equação de forma a que P seja verdadeiro e que P’ sirva para alguma coisa.</p><p class="MsoNormal">Joana Rosa, 12º K<br /></p>Anonymousnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-86479679269232700992008-06-02T04:49:00.000-07:002008-06-02T04:54:41.870-07:00Contos de um minuto, á maneira de István Örkény<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt;" lang="EN-US"><span style="font-size:100%;"><span style=""> (Alguns dos contos do Bernardo:)</span></span><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt;" lang="EN-US"><br />O </span><span style="font-size: 14pt;">titulo</span><span style="font-size: 14pt;"> </span><span style="font-size: 14pt;">não</span><span style="font-size: 14pt;" lang="EN-US"> é </span><span style="font-size: 14pt;">tudo</span><span style="font-size: 14pt;"> <span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt;" lang="EN-US"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt;" lang="EN-US"><span style=""> </span></span><span style="font-size: 10pt;">Encontro-me no supermercado rodeado de produtos onde apenas uma pequena brecha deixava ver o seu interior e aspecto, o resto são apenas slogans apetecíveis. Decidi comprar todos os produtos e colocá-los à prova. Comprei pasta de dentes, cd’s, livros, escovas, máquinas com diferentes funções, desodorizantes, seriais, comida enlatada, todos os tipos de pão e apenas me sentia realizado com letras e nunca com rótulos discretos, esbranquiçados e de óptimo aspecto interior.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt;"><span style=""> </span>Enquanto esperava na fila deparei-me no chão a ler um tal <i style="">Memorial do Convento</i>, passaram duas horas e a fila tinha apenas avançado um pouco e eram mais berros e desesperos suados do que propriamente contentamento por estar a desperdiçar as horas livres do fim de semana inerte e inútil.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt;"><span style=""> </span>Quando concluí o livro, passadas sensivelmente seis horas, chegou a minha vez... Decidi então arrumar todos os produtos e promoções marcantes, apercebo-me que na vida tudo é mais do que um mero resumo empobrecido.<br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt;">Cedo o meu lugar e volto a secção esbranquiçada. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt;"><span style=""> </span>Pressentimentos<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt;"><span style=""> </span>Acordei num dia primaveril e senti que algo de bom se ia suceder. Arranjei-me, maquilhei-me, tudo o que uma mulher na casa dos trinta tem direito quando sente a sua beleza desvanecendo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt;"><span style=""> </span>Tomei o pequeno-almoço, sorri apenas por ser Sábado e desloquei-me para um passeio até ao jardim perto de minha casa. Estendi a manta e dei início à minha “leitura das dez horas”. Fazia um sol tranquilo, porém um homem interpôs-se como mais uma árvore que protegiam as delicadas flores do jardim.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt;"><span style=""> </span>Conversou comigo, fez-me sentir o porquê daquele bom pressentimento. Elogiou-me e convidou-me para jantarmos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt;"><span style=""> </span>Hoje encontro-me num sótão fechado há vários dias, vejo apenas os tímidos raios e as árvores de outro ângulo. Ele trancou-me e usa-me como quer. Não quero morrer solteira, por isso sorrio sempre que ele vem abusar ou bater-me, pois ainda tenho o pressentimento que algo de bom vai acontecer. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt;">Uma noite perdida<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt;"><span style=""> </span>Todos os dias, ao fim do trabalho, encontro-me no mesmo pub com as minhas amigas. Ficamos lá até por volta das dez da noite. Foram assim passando os anos, depois do trabalho, ida ao pub com as amigas. No princípio era apenas com as amigas, depois foi o álcool e ali me encontrava sozinha, bêbada a ser expulsa todas as noites pelo patrão.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt;"><span style=""> </span>Todos os dias via-o, estava sentada a dez metro da minha mesa a olhar para mim. Por vezes ia sozinho e sei que era para me ver, tal como eu que apenas bebia 5 wiskeys para me distrair e na esperança de perder o medo e chegar-me até ele. Por vezes éramos os últimos do bar, mas nunca saíamos juntos ou tínhamos amigos <st1:personname productid="em comum. Uma" st="on">em comum. Uma</st1:PersonName> vez levantei-me e ele levantou-se, aproximámo-nos a <st1:metricconverter productid="8 metros" st="on">8 metros,</st1:metricconverter> mas ambos nos sentámos logo de seguida.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt;"><span style=""> </span>O nosso amor apenas resulta a dez metros.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt;">Os anormais<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 10pt;">Nasci como qualquer criança normal neste mundo, deficiente, até um pouco sobre dotada, visto que os médicos descobriram que aos cinco anos utilizava 3% do meu cérebro. Ainda me lembro vagamente da minha mãe coxa e de braços e mãos pequenas abraçada a mim e o meu pequeno pai de cinquenta e sete centímetros sorrindo pela novidade. Frequentei a escola onde pude aprender a pintar e a relacionar-me com outros deficientes. Lá conhecia o João, o meu melhor amigo, cego e sem a mão esquerda e a Francisca, uma rapariga deslumbrante, paraplégica e sem o braço direito. Foi por quem eu me apaixonei e ao fim de quinze anos de namoro, casei e tivemos um filho. Infelizmente ele nasceu normal, saudável a nível físico e mental, porém com grande força ultrapassamos cada dias as barreiras que se vão impondo pois o instinto de pais é mais forte do que qualquer normalidade. Apesar de alguns colegas gozarem com o Rodrigo, ele foi bem recebido e nós amamo-lo como se fosse anormal como quase todas as crianças no mundo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt;">Toalha de mesa<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 10pt;">Nasci na toalha de mesa, uma rápida improvisação caseira dos médicos para o meu súbdito parto. Comi a minha primeira refeição na toalha de mesa. Já estudei múltiplas vezes na toalha de mesa. Já jantei com muitos amigos na toalha de mesa e até namoradas na toalha de mesa. A toalha de mesa já fez de toalha e de forro para o sofá. Pedi a minha mulher em casamento na toalha de mesa e de seguida perdi a virgindade na toalha de mesa. Fizemos o no primeiro e segundo filho na toalha de mesa depois de um jantar romântico. Jantei em cima da toalha de mesa no primeiro dia da nova casa, chorei pela morte dos meus avós e ri pelo nascimento dos nossos dois filhos. Com ela me enforco hoje, no dia 28 de Abril de 2008, onde futuramente a minha ex-mulher quando vier buscar as últimas malas e os papeis do divórcio assinados, irá chorar na toalha de mesa que me matou...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt;">Desespero<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt;"><span style=""> </span></span><span style="font-size: 10pt;">Estava um pouco cansado, depois de um longo dia de trabalho árduo e decidi entrar no bar mais próximo. Percorri apenas alguns metros de escuridão até encontrar uma placa <st1:personname productid="em n←on. Entrei" st="on">em néon. Entrei</st1:PersonName> e pedi um copo de wiskey. Enquanto os problemas eram esquecidos em cada golo, entra uma mulher que se senta ao meu lado. Vem com a pintura borrada e desabafa a sua história.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt;"><span style=""> </span>Fala-me que ainda hoje se tentou suicidar. Atirou-se da ponte mas sem sucesso, apenas consegui arranjar alguns hematomas. Fala-me que tentou afogar-se a semana passada, mas a água tinha sido corta nesse mesmo dia. Conta-me que tentou ingerir comprimidos, no entanto tivera uma gastroenterite e nem teve tempo de ingerir mais do que uma caixa.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt;"><span style=""> </span>Sentada no bar, morreu de coma alcoólico.</span></p><br /><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">Bernardo, 12º J<br /><span style="font-size: 10pt;"> <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 10pt;"><o:p> </o:p></span></p>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-48458997684408982192008-06-02T04:11:00.000-07:002008-06-02T05:11:00.372-07:00Reflexão pessoal...<p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >... acerca de um poema de Brecht e do<span style="font-style: italic;"> Memorial do Convento</span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >Durante toda a história, e assim o continuará a ser, somente as pessoas importantes são reconhecidas por terem tido as ideias ou simplesmente por estarem à frente dos projectos. Os reis, os príncipes, os políticos, estes sim ficam na história, quando quem deveria ficar eram os operários, que foram roubados às suas famílias e obrigados a trabalhar à força”amarrados em cordadas”, como aconteceu em Mafra.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >Citando o poema de Bretch onde ele pergunta “Foram os reis que arrastaram os blocos de pedra?”, e pergunto também eu, foram? Claro que não! Seria com certeza um episódio engraçado ver suas altezas, com os trajes riquíssimos da época a arrastarem blocos de pedra, amarrados e obrigados a trabalhar pelos soldados e pelo povo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;font-size:100%;" >Nenhum dos homens que sacrificou a sua felicidade e a sua liberdade foi glorificado e compensado pelo seu esforço, todos os Manéis, Josés, Pedros, cairam no esquecimento ou nem sequer chegaram a ser lembrados. Apenas ficou o João, quinto do nome na tabela real, que edificou um convento, o de Mafra, carregando ele próprio a sua abóbada e todas as pedras que o compunham, este pesava muito pouco e cabia talvez numa mesa, pois era apenas uma maqueta.</span></p><p class="MsoNormal">Mónica Santos, 12º K<br /><span style="line-height: 115%;font-size:12;" ><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;font-size:12;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;font-size:12;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;font-size:12;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;font-size:12;" ><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height: 115%;font-size:12;" ><o:p> </o:p></span></p>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-33796431495433783892008-06-02T03:16:00.000-07:002008-06-02T03:24:53.424-07:00Variações sobre um tema à maneira de Raymon Queneau (Exercices de Style)<p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center"><span style="font-size: 48pt; font-family: TOY_SOLDIERS;">A Arte Da Fuga<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; font-family: Arial;"><o:p></o:p><span style=""></span>Miguel Fernandes, nº18 12ºk<span style=""> </span>2008<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; font-family: Arial;"><o:p></o:p>Excerto Original do Memorial Do Convento a partir do qual as variações foram feitas:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p style="font-style: italic;" class="MsoNormal">Já se deitaram. Esta é a cama que veio da Holanda quando a rainha veio da Áustria, mandada fazer de propósito pelo rei, a cama, a quem custou setenta e cinco mil cruzados, que em Portugal não há artífices de tanto primor, e, se os houvesse, sem dúvida ganhariam menos. A desprevenido olhar nem se sabe se é de madeira o magnifico móvel, coberto como está pela armação preciosa, tecida e bordada de florões e relevos de ouro, isto não falando do dossel que poderia servir para cobrir o papa.</p><p class="MsoNormal"><o:p><br /></o:p><span style="font-size: 14pt; font-family: Arial;">Pormenorização <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal">Já se deitaram, era perto das 22h42. Esta é a cama de pinho envernizado, com acabamentos feitos em Portugal, que veio da Holanda quando a rainha veio da Áustria, mandada fazer de propósito pelo rei, a cama de pinho envernizada e com acabamentos feitos em Portugal, a quem custou setenta e cinco mil cruzados, que em Portugal, país que fica ao lado de Espanha formando a península ibérica com a mesma, note-se que não há artífices de tanto primor, e, se os houvesse, sem dúvida ganhariam menos. A desprevenido olhar nem se sabe se é madeira o magnífico móvel, coberto e revestido como está pela armação preciosa que envolve e aguenta todo o peso do magnífico móvel, tecida e bordada de florões e relevos de ouro, material mineral raríssimo, isto não falando do dossel que poderia servir para cobrir o papa. </p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; font-family: Arial;">Gerúndio<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal">Já se iam deitando. Esta é a cama que tendo vindo da Holanda quando a rainha veio da Áustria mandada fazer de propósito pelo rei, a cama, a quem custando setenta e cinco mil cruzados, que em Portugal não havendo artífices de tanto primor, e, se os houvesse, sem dúvida ganhariam menos. A desprevenido olhar nem se sabe se é de madeira o magnifico móvel, coberto com está pela armação preciosa, tecida e bordada de florões e relevos de ouro, isto não falando do dossel podendo servir para cobrir o papa. </p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 18pt; font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; font-family: Arial;">Interrogativo<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal">Já se deitaram? É esta a cama que veio da Holanda quando a rainha veio da Áustria, mandada fazer de propósito pelo rei? A cama, a quem custou setenta e cinco mil cruzados? Que em Portugal não há artífices de tanto primor, e, se os houvesse ganhariam menos? E a desprevenido olhar? Como se saberá se é de madeira o magnifico móvel, coberto como está pela armação preciosa? E o porquê de tecida e bordada de florões e relevos de ouro? E poderá o dossel servir para cobrir o papa?</p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 18pt; font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; font-family: Arial;">Presente<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Deitam-se. Esta é a cama que veio da Holanda quando a rainha vem da Áustria, mandada fazer de propósito pelo rei, a cama que custou setenta e cinco mil cruzados, que em Portugal não há artífices de tanto primor, e, se os há sem dúvida que ganham menos. A desprevenido olhar não se sabe se é de madeira o magnifico móvel, coberto como está pela armação preciosa, tecida e bordada de florões e relevos de ouro, isto para não falar do dossel que pode servir para cobrir o papa.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; font-family: Arial;">Ciganês<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Aí deitaram-sí. Esta é a cama que veio da Holanda quando a rainha aí esse sapo, veio da Áustria, aí que foi amandada da fazerí de propósito pelo rei baia, aquela acostou setenta e cinco milí cruzados, que em Portugal ná há artífices de tanto valorí, e, se existem aí sem dúvida que ná recebem tanto. Quanto mais aos olhares daqueles sabugos dum raio que nan sabem nem olhar para o piriquito ,nem sabem se é de madeira o raio da cama, que anda coberto<span style=""> </span>como anda pela armação que é tão preciosa que se morra o meu avô, e odepois ainda é tecida e bordada de florões e relevos de ouro, báia isto para ná falar<span style=""> </span>do dossel que ainda quase dava para cobrir o papa.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 14pt; font-family: Arial;">Sinónimos <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family: Arial;">Já foram dormir. Esta é a cama que mandaram vir da Holanda quando a rainha regressou da Áustria, criada especialmente pelo rei, a cama, a quem a despesa saiu em setenta e cinco mil<span style=""> </span>guerreiros que tomavam parte nas cruzadas, que em Portugal não há inventor de tanta perfeição, e, se os houvesse, sem qualquer questão venceriam pouco. A desacautelado <span style=""> </span><span style=""> </span>olhar nem se sabe se é de parte lenhosa compacta e dura das plantas o esplendoroso objecto de mobília, tapado como está pela vestimenta metálica valiosa, cozida e bordada de florões e altos e baixos de matéria mineral muito valiosa, isto não dizendo do dossel que virá a ser útil para tapar sua santidade. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-32775276729015461492008-06-02T03:11:00.000-07:002008-06-02T03:13:04.171-07:00Arte da Fuga – Bach<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; font-family: "Century Gothic"; color: black;">Era uma vez uma menina que ao acordar a meio da noite hipnotizada com uma música que se ouvia baixinho no seu quarto,<span style=""> </span>foi levada por ela para um palácio abandonado no meio do nada. Caminhando a noite toda por ruas largas sem movimento nenhum, a menina ia sozinha na companhia de nuvens misteriosas que dançavam, enrolavam-se e ganhavam formas ao ritmo da música hipnótica, ao lado dela. Ondulantes e rítmicas, pareciam peixes a nadar no mar, ora cheias de cor, ora brancas quase transparentes como as ondas a rebentar na areia...</span><span style="font-size: 12pt; font-family: "Century Gothic";"><o:p></o:p></span></p>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-45661180003747057742008-06-02T03:08:00.000-07:002008-06-02T03:10:48.463-07:00ARTE DA FUGA, DE BACH<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Esta música faz-me lembrar uma tarde calma, não com muito sol, mas com um ar fresco, como se este nos massajasse a face de modo delicado... Faz-me avançar no tempo e sonhar com o dia em que estarei sentado num jardim com a família que irei formar um dia.. Alegrias e tristezas vão rodear-nos, mas tudo será ultrapassado por novos acontecimentos e essas variações de sentimentos vão servir para nos tornar mais fortes para o que há-de vir...</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;" align="right">Alexandre Rodrigues</p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;" align="right">12ºK<span style=""> </span>-<span style=""> </span>Nº1</p>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-38082184058148005322008-06-02T03:06:00.000-07:002008-06-02T03:07:23.974-07:00Superioridade Subjectiva<p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt;" align="center"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:180%;color:#000000;">Superioridade Subjectiva</span></p> <p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size:180%;"><span style="color:#000000;"><span style="font-family:Times New Roman;"> <o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;" align="left"><b><span style="font-size: 12pt;"><span style="color:#000000;"><span style="font-family:Times New Roman;"> <o:p></o:p></span></span></span></b></p> <p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;" align="left"><b><span style="font-size: 12pt;"><span style="color:#000000;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""> </span>É verdade que ao longo da História da Humanidade se deram grandes vitórias e grandes feitos.<o:p></o:p></span></span></span></b></p> <p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;" align="left"><b><span style="font-size: 12pt;"><span style="color:#000000;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""> </span>Mas será que, tal como questiona Brecht, as vitorias foram apenas resultado do esforço dos grandes nomes? Será que não é de louvar o papel daqueles cujo nome não foi pronunciado?<o:p></o:p></span></span></span></b></p> <p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;" align="left"><b><span style="font-size: 12pt;"><span style="color:#000000;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""> </span>Considerando o caso da edificação do Convento de Mafra, posso concluir que, embora contra a própria vontade, e sobre rígidas ordens de superiores, o mérito da construção deste edifício pertenceu àqueles “quarenta e cinco mil trabalhadores”, que, “amarrados em cordadas”, se submeteram à vontade de um ser que se viu obrigado a edificar um enormíssimo<span style=""> </span>convento e palácio, para que o seu desejo de poder trazer ao mundo um herdeiro se realizasse. <o:p></o:p></span></span></span></b></p> <p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;" align="left"><b><span style="font-size: 12pt;"><span style="color:#000000;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""> </span>Mas eis que não é este, o rei, que por mão própria vai defender a honra , mas sim o povo, que posto desta forma lhe vai cumprir a missão. Por outras palavras, é pela mão do povo que o rei consegue o herdeiro.<o:p></o:p></span></span></span></b></p> <p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;" align="left"><b><span style="font-size: 12pt;"><span style="color:#000000;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""> </span>É esta errada ideia de superioridade que Brecht tenta mostrar através do seu texto.<span style=""> </span></span></span></span></b></p> <p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;" align="left"><b><span style="font-size: 12pt;"><span style="color:#000000;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""> </span></span></span></span></b></p> <p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;" align="left"><b><span style="font-size: 12pt;"><span style="color:#000000;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""> Jorge Rosa nº 17, 12ºJ</span></span></span></span></b></p> <p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;" align="left"><b><span style="font-size: 12pt;"><span style="color:#000000;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""></span></span></span></span></b> </p> <p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;" align="left"><b><span style="font-size: 12pt;"><span style="color:#000000;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""></span></span></span></span></b><br /></p>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-18261126339218400972008-05-23T04:23:00.000-07:002008-05-23T04:30:08.326-07:00SUMÁRIOS DA SEMANA DE 19 a 23 DE MAIOExercício escrito de síntese de leitura.<br />O tempo em<span style="font-style: italic;"> O Memorial</span>: dimensão cronológica, física e psicológica.<br />Os símbolos.<br />Matriz do teste.<br />Tempo da história e tempo do discurso. Tempo cronológico e tempo psicológico.<br />O narrador: presença, ciência e ponto de vista. características especiais deste narrador.<br />A visão crítica e simbólica do narrador.<br />O valor dos símbolos.<br />Revisão de matéria estudada.Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-11153010530146110732008-05-22T06:54:00.000-07:002008-05-23T04:29:02.257-07:00MATRIZ DO TESTE<span style="font-family: arial;">MATRIZ de Objectivos e <span style="color: rgb(51, 51, 255);">Conteúdos</span>: </span><br /><br /><span style="font-family: arial;">Interpreta: <span style="color: rgb(51, 51, 255);">Excerto da obra<br /><br /></span></span><span style="font-family: arial;">Distingue, analisa e identifica: <span style="color: rgb(51, 51, 255);">Espaço e tempo: físico, social cronológico, psicológico<br /><br /></span></span><span style="font-family: arial;">Identifica e conhece: <span style="color: rgb(51, 51, 255);">Características e formas de caracterização das personagens<br /><br /></span></span><span style="font-family: arial;">Conhece, distingue, analisa, identifica: <span style="color: rgb(51, 51, 255);">Planos narrativos<br /><br /></span></span><span style="font-family: arial;">Distingue, analisa, identifica: <span style="color: rgb(51, 51, 255);">Narrador, características especiais, presença, ciência, pontos de vista<br /><br /></span></span><span style="font-family: arial;">Analisa, identifica e pontua: </span><span style="font-size: 12pt; font-family: arial; color: rgb(51, 51, 255);">Linguagem: registos de língua, pontuação, campo lexical, processos estilísticos<br /><br /></span><span style="font-family: arial;">Preenche: </span><span style="font-size: 12pt; font-family: arial;"><span style="color: rgb(51, 51, 255);">Texto/reflexão sobre Memorial</span><br /><br /></span><span style="font-family: arial;">Reflecte criticamente e desenvolve <span style="font-weight: bold; font-style: italic; color: rgb(204, 0, 0);">um</span><span style="font-style: italic; color: rgb(204, 0, 0);"> </span>de <span style="color: rgb(102, 0, 204);">quatro temas</span> de desenvolvimento, propostos de entre os seguintes sete (60 a 100 palavras):<br /><br /></span><span style="font-family: arial; color: rgb(51, 51, 255);">- O enriquecimento do romance através da simbologia </span><br /><span style="font-family: arial; color: rgb(51, 51, 255);">- Relação título/conteúdo </span><br /><span style="font-family: arial; color: rgb(51, 51, 255);">- História, ficção e fantástico </span><br /><span style="font-family: arial; color: rgb(51, 51, 255);">- Como são os novos heróis segundo Saramago </span><br /><span style="font-family: arial; color: rgb(51, 51, 255);">- Contrastes e paradoxos neste romance </span><br /><span style="font-family: arial; color: rgb(51, 51, 255);">- Significado ideológico e simbólico da construção da passarola </span><br /><span style="font-family: arial; color: rgb(51, 51, 255);">- Traços distintivos e características deste narrador, sua relação com a acção e as personagens</span>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-70862283985750388982008-05-16T04:01:00.000-07:002008-05-23T04:29:14.884-07:00SUMÁRIOS DA SEMANA DE 12 A 16 DE MAIOMemorial do Convento: As personagens, os dois polos- o poder e as vítimas.<br />O herói colectivo, excepcionalidade, simpatias do narrador, a personagem dinâmica, do histórico ao fantástico.<br />Análise de personagens: o rei e o poder, Baltazar, Blimunda e Bartolomeu.<br />Memorial do Convento: o herói colectivo e os heróis individuais. Características das personagens. Personagens planas, modeladas, estáticas e dinâmicas. Excentricidade. Simbologia dos nomes. Processos de heroicização. Simpatia vs ironia do narrador. Características históricas, ficcionais e fantásticas. Espaço físico, social e psicológico.Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-38693941428775707732008-05-12T08:01:00.000-07:002008-05-12T15:55:15.021-07:00Perguntas de um Operário Leitor<span><span style="font-size:100%;"><br />Quem construiu Tebas, a das sete portas?<br />Nos livros vem o nome dos reis,<br />Mas foram os reis que transportaram as pedras?<br />Babilónia, tantas vezes destruída,<br />Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas<br />Da Lima refulgente de oiro moravam os seus construtores?<br />No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde<br />Foram os seus pedreiros? A grande Roma<br />Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem<br />Triunfaram os Césares? A tão cantada Bizâncio<br />Só tinha palácios<br />Para os seus habitantes? Até a lendária Atlântida<br />Na noite em que o mar a engoliu<br />Viu afogados gritar por seus escravos.<br /><br />O jovem Alexandre conquistou as Índias.<br />Sozinho?<br />César venceu os gauleses.<br />Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço?<br />Quando a sua armada se afundou Filipe de Espanha<br />Chorou. E ninguém mais?<br />Frederico II ganhou a guerra dos sete anos<br />Quem mais a ganhou?<br /><br />Em cada página uma vitória.<br />Quem cozinhava os banquetes?<br />Em cada década um grande homem.<br />Quem pagava as despesas?<br /><br />Tantas histórias<br />Quantas perguntas<br /><span style="color: rgb(51, 51, 255);"><br />Bertolt Brecht</span><br /></span></span>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-18789658314949715042008-05-12T07:57:00.000-07:002008-05-12T08:06:32.780-07:00Superioridade Subjectiva<p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt;" align="center"><span style="font-family:Times New Roman;font-size:180%;color:#000000;">Superioridade Subjectiva</span></p> <p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size:180%;"><span style="color:#000000;"><span style="font-family:Times New Roman;"> <o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;" align="left"><b><span style="font-size: 12pt;"><span style="color:#000000;"><span style="font-family:Times New Roman;"> <o:p></o:p></span></span></span></b></p> <p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;" align="left"><b><span style="font-size: 12pt;"><span style="color:#000000;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""> </span>É verdade que ao longo da História da Humanidade se deram grandes vitórias e grandes feitos.<o:p></o:p></span></span></span></b></p> <p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;" align="left"><b><span style="font-size: 12pt;"><span style="color:#000000;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""> </span>Mas será que, tal como questiona Brecht, as vitorias foram apenas resultado do esforço dos grandes nomes? Será que não é de louvar o papel daqueles cujo nome não foi pronunciado?<o:p></o:p></span></span></span></b></p> <p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;" align="left"><b><span style="font-size: 12pt;"><span style="color:#000000;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""> </span>Considerando o caso da edificação do Convento de Mafra, posso concluir que, embora contra a própria vontade, e sobre rígidas ordens de superiores, o mérito da construção deste edifício pertenceu àqueles “quarenta e cinco mil trabalhadores”, que, “amarrados em cordadas”, se submeteram à vontade de um ser que se viu obrigado a edificar um enormíssimo<span style=""> </span>convento e palácio, para que o seu desejo de poder trazer ao mundo um herdeiro se realizasse. <o:p></o:p></span></span></span></b></p> <p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;" align="left"><b><span style="font-size: 12pt;"><span style="color:#000000;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""> </span>Mas eis que não é este, o rei, que por mão própria vai defender a honra , mas sim o povo, que posto desta forma lhe vai cumprir a missão. Por outras palavras, é pela mão do povo que o rei consegue o herdeiro.<o:p></o:p></span></span></span></b></p> <p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;" align="left"><b><span style="font-size: 12pt;"><span style="color:#000000;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""> </span>É esta errada ideia de superioridade, que Brecht tenta mostrar através do seu poema.<span style=""> </span></span></span></span></b></p> <p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;" align="left"><b><span style="font-size: 12pt;"><span style="color:#000000;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""> </span></span></span></span></b></p> <p class="MsoTitle" style="margin: 0cm 0cm 0pt; text-align: left;" align="left"><b><span style="font-size: 12pt;"><span style="color:#000000;"><span style="font-family:Times New Roman;"><span style=""> Jorge Rosa nº 17, 12ºJ</span></span></span></span></b></p>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-8700779818826361072008-05-12T07:52:00.000-07:002008-05-12T08:06:32.781-07:00CONVENTO DE SARAMAGO<p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><b style=""><span style="font-size: 16pt; color: rgb(153, 51, 0); font-family: 'Courier New';">CONVENTO DE SARAMAGO:</span></b><span style="font-size: 16pt; color: rgb(153, 51, 0); font-family: 'Courier New';"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: rgb(153, 51, 0); font-family: 'Courier New';"><o:p><span style="font-size:100%;"> </span></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: rgb(153, 51, 0); font-family: 'Courier New';"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span><b style="">Quem construiu o Convento de Mafra? Foi um rei, não foi? Como se chamava? João, não era? D. João V! Ah! Mas foi ele quem carregou as pedras? Não. Acho que não. Quero dizer... ele era perito a elevar abóbadas só com duas mãos e a encaixar o chapéu da igreja na cabeça oca... no entanto, abóbadas não são pedras.<o:p></o:p></b></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><b style=""><span style="color: rgb(153, 51, 0); font-family: 'Courier New';"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>As pedras carregou-as outro João, sem mais nenhum dom que ter força nos braços e nas pernas, e muito menos quinto, que ele é o sétimo de uma família de dez.<o:p></o:p></span></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><b style=""><span style="color: rgb(153, 51, 0); font-family: 'Courier New';"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>E mais outro João.<o:p></o:p></span></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><b style=""><span style="color: rgb(153, 51, 0); font-family: 'Courier New';"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>E mais outro.<span style=""> </span><o:p></o:p></span></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><b style=""><span style="color: rgb(153, 51, 0); font-family: 'Courier New';"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>Infinitos Joões que tanto podiam ser Pedros ou Miguéis. Como uma escala musical, nunca, nunca acaba. Só mudam os nomes, que podiam ser o mesmo, no fundo, são todos homens.<o:p></o:p></span></span></b></p> <p class="MsoBodyText" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><b style=""><span style="font-size:100%;"><span style="color:#993300;"><span style="font-family:Courier New;"><span style=""> </span>Então... acho que ao finalizar a construção deste monumento, deve ter havido uma confusão, uma troca de papéis, de nomes... é que o Dom João Quinto não pegou numa única pedra... só tocou uma, que agora está debaixo de terra... e mesmo assim é a ele que se aponta o dedo e diz-se “sim senhor, a mais importante realização pessoal de D. João V foi o projecto da construção de um edifício gigantesco!”. Então e quem o construiu? Foi o Sem Dom João Para Além da Força dos Seus Braços e Nunca Quinto! Ele e os outros tantos, que J. Saramago não se importou de nomear um a um.<o:p></o:p></span></span></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><b style=""><span style="color: rgb(153, 51, 0); font-family: 'Courier New';"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>Isto faz uma certa confusão, pois até nem foi o rei João (que tem um dom qualquer, o quê, não sei, talvez saber encher sacos de homens?), quem desenhou o projecto. Foi Ludwig, este teve sorte, não esqueceram o seu nome. Então e os que endireitaram as muralhas? Desses só se lembra o mármore.<o:p></o:p></span></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><b style=""><span style="color: rgb(153, 51, 0); font-family: 'Courier New';"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>Já que há bocado falámos de escalas, por que não de notas? Cada nota é um homem, todos juntos fazem um, neste caso, Convento, uma música! Mas de quem é o nome? Do compositor, quem juntou todos estes homens. Isto é. Notas.<o:p></o:p></span></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><b style=""><span style="color: rgb(153, 51, 0); font-family: 'Courier New';"><span style="font-size:100%;"><span style=""> </span>No entanto, alguém parou alguma vez para pensar e identificar “aquela nota chama-se Lá” e aquela “Ré”?<o:p></o:p></span></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size:100%;"><b style=""><span style="color: rgb(153, 51, 0); font-family: 'Courier New';"><span style=""> </span>Se isso acontecesse com os nomes dos homens, se alguém fosse justo e apontasse os nomes de toda a gente... Quilos de papel. Se calhar foi isso. Procurou-se poupar em papel para gastar em pedra.</span></b><span style="color: rgb(153, 51, 0); font-family: 'Courier New';"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="color: rgb(153, 51, 0); font-family: 'Courier New';"><o:p><span style="font-size:100%;"> </span></o:p></span></p> <h1 style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><span style="font-size: 16pt; color: rgb(153, 51, 0);"><span style="font-family:Courier New;">Amanda Baeza, 12ºJ nº3<o:p></o:p></span></span></h1>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-42599488408595091962008-05-12T07:46:00.000-07:002008-05-12T08:06:32.782-07:00Reflexão Pessoal a Propósito de um Poema de Brecht e de Memorial do Convento<span style="font-size:100%;"><span style="color:#993366;"> Reflexão Pessoal a propósito de um Poema de Brecht e de <span style="font-style: italic;">Memorial do Convento</span></span></span><br /><br /><span style="font-size:100%;"> </span><span style="font-size:85%;">A obra <span style="font-style: italic;">Memorial do Convento</span> revela como parte da sua essência uma preocupação a nível social e histórico. A história desta obra tem um 'novo' herói, um 'novo' ponto de vista, uma perspectiva realista.</span><br /> Ao contrário do que a maioria das histórias, bem como do próprio ensino da história nos incutem, focando a acção da realeza, o autor preocupa-se em salientar a outra e ignorada face: o povo.<br /> Também Brecht ao escrever um poema no qual um leitor operário se questiona relativamente a quem lutou e executou os grandes feitos, alerta o leitor (ou ouvinte) para a mesma questão, a outra face, a perspectiva do povo.<br /> Ambos vêm questionar-se acerca dos verdadeiros heróis da História, afirmando que é o povo o verdadeiro herói valoroso da história.<br /> Brecht cita grandes nomes da história a quem estão associados grandes feitos, e os restantes?<br /> Os restantes evidencia Saramago ao dedicar uma página do seu romance à enumeração de nomes, de homens comuns, mas extraordinários pelo seu feito, A construção do convento.<br /> Ambos se questionam mais além, ambos querem ir mais fundo do que apenas a um nome, desejam exaltar o verdadeiro construtor, lutador, conquistador. Os trabalhadores na construção do convento, podem ser associados à metáfora do título do poema de Brecht, de um leitor operário, ou seja, um trabalhador.<br /> O que nos remete então para uma ideologia de defesa e valorização dos trabalhadores. Saímos da obra para os autores, sempre com a mesma essência, a mesma base. Estas preocupações revelam os ideais pessoais dos homens por detrás dos textos. Os ideais de ideologias democráticas, de liberdade, e de defesa de todos, da maioria, do antigo 'povo' e da grande sociedade de hoje e de sempre.<br />Marta, 12º JAnonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-21868579701134700722008-05-12T07:41:00.000-07:002008-05-12T08:06:32.783-07:00Quem construiu? Uma ironia em torno da construção do convento...<p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center"><span style="font-size: 14pt;">Quem</span><span style="font-size: 14pt;"> </span><span style="font-size: 14pt;">construiu</span><span style="font-size: 14pt;" lang="EN-US">?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center;" align="center"><span style="font-size: 14pt;" lang="EN-US"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="EN-US"><span style=""> </span></span><span style="">Folheio o <i style="">Memorial do Convento</i> e deparo-me com um capítulo sobre a edificação grandiosa do Convento de Mafra. Leio algumas páginas e tento compreender se foi o grande rei D. João V a construí-lo, visto que demorou tantos anos, talvez tenha sido apenas ele, dia e noite a carregar pedra sobre pedra, talvez até pedra sobre pedra e a filha ao colo. Se o Convento foi erguido em homenagem ao seco ventre de D. Maria Ana que após tanto cima e baixo percorreu os conventos, capelas, igrejas, capelinhas, altares, igrejazinhas, conventozinhos, altarzinhos e de uma proposta de realização milagrosa de um tal padre franciscano que lhe iria trazer de novo água à terra donde germinaria a infanta D. Maria Barbara, por que não foi D. Maria Ana a construí-lo também? Talvez assim se tivesse acabado mais cedo e os franciscanos tivessem aproveitado melhor. Mas agora penso que se o Convento foi mandado erguer por D. João V na esperança de ter um filho, se D. Maria Ana rezou para o ter, se os franciscanos queriam o convento, por que não foram eles todos a construir? Assim, sim! Eles construiriam bastante mais rápido. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=""><span style=""> </span>Parece que a democracia não é uma miragem apenas alcançada nos tempos modernos, leio aqui que o Convento foi construído por D. João V. Talvez apareçam mais uns nomes, uns tais de Américo, Bernardo, Carlos, Dionísio, Ernesto, Francisco, Guilherme, Hélio, Ivo, João, Luís, Mário, Neves, Osvaldo, Pedro, Queirós, Ru, Silva, Tavares, Ulisses, Valter, Xavier, Zeferino, mas esses, esses não interessam, apenas são eles os mandatários de tal obra. Foram até bastante cruéis, pois dia e noite chicotearam o pobre Rei, D. Maria Ana e os poucos franciscanos, para apressarem a obra. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=""><span style=""> </span>Brecht dizia que quem edificou jamais foram os mandatários, apenas escravos que acreditavam, ou lhes fizeram acreditar.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="">Portugal já é um país democrático há bastante tempo, mas a Inquisição apenas servia para disfarçar o nosso lado mais humilde e bondoso, se não, para quê ajudar os nossos artistas a saírem do país e conhecerem novas culturas? Não divagarei mais, pois apenas sei que D. João V foi um homem justo e um grande construtor, construiu, inclusivamente, aos 28 anos, a Basílica de S. Pedro <st1:personname productid="em Roma. Louvemos" st="on">em Roma. Louvemos</st1:PersonName> o grande trabalhador, aquele que acreditava na religião, na cultura e na edificação. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style=""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="">Bernardo Castro<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="">Nº: 9<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="">Turma: 12º J<o:p></o:p></span></p>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-82464755399146401932008-05-12T07:37:00.000-07:002008-05-12T08:06:32.784-07:00A propósito do tema da "Arte da Fuga" de Bach<p class="MsoNormal">Arte da fuga</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Esta música faz-me lembrar uma festa do séc. XVIII no palácio real, onde uma multidão ouve e admira quem está a tocar. Imagino um homem de estatura média (para o gordinho), com uma peruca branca encaracolada, de vestes escuras aveludadas com bordados dourados, meias brancas e sapatos de salto um pouco alto com um laçarote à frente. Vejo-o compenetrado na sua música com uma certa rigidez, que depressa desaparece ao ouvir os aplausos…<span style=""> </span></p>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-33478808491905499062008-05-12T07:33:00.000-07:002008-05-12T08:06:32.785-07:00Texto construído com excertos de vários contos de Italo Calvino<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;" align="center"><span style="font-size: 16pt; line-height: 115%;">Texto construído com excertos de vários contos de Italo Calvino<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Era uma manhã de Outono, não com muito sol <u>quando</u> vi <u>os</u> olhos de alguém a olhar fixamente <u>para mim... eram</u> olhos frios, hostis. <u>Queria</u> qualquer coisa, mas não percebi o quê. <u>O pouco do</u> sol já subia alto no céu <u>quando</u>, instintivamente, baixou a cabeça. A coisa que mais me perturba nesta espera <u>é o</u> ar suspeito <u>do indivíduo</u>. Vou lá e combato-o, <u>pensei eu</u>. <u>Senti</u> apertos <u>no</u> coração <u>enquanto percorria a</u> fila de casas baixas e iluminadas, <u>em direcção a ele</u>. Ouviam-se marteladas por todos os lados, <u>pareciam vindas dos</u> olhos inimigos... <u>Ao chegar-me a ele</u>, vi pela primeira vez o homem dos olhos claros, <u>era um</u> zero à esquerda! <u>Parecia que</u> olha<u>va</u> fixamente para as trevas, <u>como se</u> aguarda<u>sse</u> ordens.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Wingdings;"><span style="">§<span style="font-family: "Times New Roman"; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 7pt; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- Desculpe – disse <u>eu</u> – tem um sapato desapertado!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Wingdings;"><span style="">ú<span style="font-family: "Times New Roman"; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 7pt; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- Cala-te!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Wingdings;"><span style="">§<span style="font-family: "Times New Roman"; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 7pt; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- <u>Hum??</u> Ninguém tem vontade de fazer nada esta manhã. <u>Ouve-se</u> um caminhar de gente pelas ruas planas, um solfejo de suspiros, <u>enfim</u>, <u>parece que</u> </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">anda<u>m</u> pela cidade farejando o vento.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Wingdings;"><span style="">ú<span style="font-family: "Times New Roman"; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 7pt; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- Durante meses esqueço-me que o vento existe – <u>disse o outro</u>.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Wingdings;"><span style="">§<span style="font-family: "Times New Roman"; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 7pt; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- Mais vale tarde que nunca! Quem diria que nesta manhã me senti<u>ria</u> capaz de matar o inimigo. - <u>Ficámos ali como se</u> aguarda<u>sse</u>mos ordens.</span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Wingdings;"><span style="">ú<span style="font-family: "Times New Roman"; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 7pt; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- Já nada é proibido <u>neste país</u>.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Wingdings;"><span style="">§<span style="font-family: "Times New Roman"; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 7pt; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- Trabalhei <u>tanto</u> para ter só o cansaço.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Wingdings;"><span style="">ú<span style="font-family: "Times New Roman"; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 7pt; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- Eu moro no rés-do-chão do pensamento, não fazer nada é a minha perdição.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Wingdings;"><span style="">§<span style="font-family: "Times New Roman"; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 7pt; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- <u>Dinheiro, nem vê-lo</u>! Os ricos fica<u>m</u> cada vez mais ricos e os pobres fica<u>m</u> cada vez mais pobres.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Wingdings;"><span style="">ú<span style="font-family: "Times New Roman"; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 7pt; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- <u>São</u> todos ladrões!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Wingdings;"><span style="">§<span style="font-family: "Times New Roman"; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 7pt; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- <u>Não têm</u> solidariedade <u>por</u> <u>ninguém</u>...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Wingdings;"><span style="">ú<span style="font-family: "Times New Roman"; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 7pt; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- Consciência, <u>nem</u> <u>vê-la</u>...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Wingdings;"><span style="">§<span style="font-family: "Times New Roman"; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 7pt; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- Que um raio <u>o</u>s parta!!! Basta de comédias na minha alma!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Wingdings;"><span style="">ú<span style="font-family: "Times New Roman"; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 7pt; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- <u>Este</u> regimento <u>está</u> perdido.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Wingdings;"><span style="">§<span style="font-family: "Times New Roman"; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 7pt; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- Aqueles cobardolas da polícia <u>parece que têm medo de combater o crime</u>.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Wingdings;"><span style="">ú<span style="font-family: "Times New Roman"; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 7pt; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- Dava-lhe<u>s</u> uma medalha por cada inimigo que matasse<u>m</u>...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Wingdings;"><span style="">§<span style="font-family: "Times New Roman"; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 7pt; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- <u>A única coisa que dizem é</u>: Alto! Quem está aí?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Wingdings;"><span style="">ú<span style="font-family: "Times New Roman"; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 7pt; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Riu-se e disse – <u>Tenho a</u> sensação de ter alguém atrás de <u>mim</u>. Como um olho que não <u>me</u> perdesse de vista.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Wingdings;"><span style="">§<span style="font-family: "Times New Roman"; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 7pt; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- <u>Isso não é nada</u>! Vamos tomar <u>uma</u> cerveja?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt 36pt; text-align: justify; text-indent: -18pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%; font-family: Wingdings;"><span style="">ú<span style="font-family: "Times New Roman"; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; font-size: 7pt; line-height: normal; font-size-adjust: none; font-stretch: normal;"> </span></span></span><!--[endif]--><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- <u>Pode ser</u>. Já não nos escapam – disse ele.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><u><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">E lá foram eles, em direcção ao café</span></u><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">! Eu em contrapartida nunca conseguirei dizer nada ao falar. É por isso que <u>estou a</u> escrev<u>er</u>...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;" align="right"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">ALEXANDRE RODRIGUES<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: right;" align="right"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">12ºK<span style=""> </span>/<span style=""> </span>Nº1<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">NOTA: </span><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">as expressões sublinhadas são do aluno, as outras são as retiradas dos contos e de F Pessoa.<o:p></o:p></span></p>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-73594134006112919532008-05-12T07:28:00.000-07:002008-05-12T08:06:32.786-07:00Texto com base em xcertos dos contos lidos no 2º período<p class="MsoNormal"><b style=""><u><span style="font-size: 14pt; line-height: 115%;"><br /><o:p></o:p></span></u></b></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ainda há pouco tempo <u>era uma manhã de Outono, não com muito sol</u>, em que acordava bem disposta e tudo era perfeito e claro como a água. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Hoje, é <u>um belo dia de Março</u>, que de belo devo dizer que não tem nada a não ser a Primavera a sussurrar baixinho. <u>A coisa que mais me perturba nesta espera</u>, é ver o dia a passar e não saber nada de nada, não haver um único sinal de vida. Antes costumava dizer “<u>Tenho os olhos ainda cheios de sono</u>”, mas agora já não diz nada. <u>Eu em contrapartida nunca conseguirei dizer nada ao falar. É por isso que escrevo.</u> Aliás, mesmo quando o tentei fazer, <u>para me fazer ouvir, tinha de lançar frases curtas, quase gritando.</u> Eu tentei e acho que até chegou a dizer <u>qualquer coisa, mas não percebi o quê.</u> E acho que era importante, mas continuei a lançar as minhas frases curtas. <u>Instintivamente baixou a cabeça à altura da do cavalo</u> e <u>ao mesmo tempo afastámos os olhos um do outro, como se estivéssemos a procura de outro</u>. <u>Temos um ar suspeito, e mais que nunca, parece-me.</u><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><u><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">“Vejo-te nervoso”</span></u><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> – disse eu, passado um bocado. Mas <u>ficou quieto a olhar fixamente para as trevas.</u> E nunca mais respondeu… <u>Oh, não era assim. Não era assim que imaginávamos esta luta.</u></span></p>Joana Rosa, 12º KAnonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-80685797336916925792008-05-12T07:23:00.000-07:002008-05-12T08:06:32.787-07:00Reflexão<p class="MsoNormal">Reflexão</p> <p class="MsoNormal">Para a edificação do Convento de Mafra, foram necessários quarenta e cinco mil trabalhadores que, apanhados à força e contra a sua vontade, foram amarrados em cordadas e enviados para Mafra, tudo pelas ordens e caprichos do Rei, pois exigia que a sagração da basílica se fizesse em 1730, no dia do seu aniversário.</p> <p class="MsoNormal">É um facto que, em todos os relatos de grandes obras ou grandes feitos históricos, é-nos dada a informação de que foi o rei quem fez essas obras, foi o rei que, sozinho conseguiu marcar a história da nação com mais um grande feito, e por isso é recordado para sempre e estudado por nós e pelos que virão.</p> <p class="MsoNormal">Mas terão sido de facto os reis a trabalhar horas a fio, a gastar a sua própria<span style=""> </span>energia, o seu próprio corpo e o seu próprio suor para a edificação dos nossos grandes monumentos?<span style=""> </span>Será que foram os reis que arrastaram os blocos de pedra para construir os seus magníficos palácios e habitações? Não, não foram.</p> <p class="MsoNormal">Então e os trabalhadores que serviram os reis? “Para onde foram os pedreiros na noite em que ficou pronta a muralha da China?”. Não merecerão eles uma abordagem nos nossos livros de história? Por que não os destacam a eles também, em vez de só destacarem o rei? Afinal, foram eles a gastar as horas das suas vidas, horas a trabalhar em vez de poder estar com as suas famílias nas suas casas a passar bons momentos. </p> <p class="MsoNormal">Os trabalhadores que participaram na construção do Convento de Mafra, terão tido eles a oportunidade de poder lá entrar depois de este estar acabado? Ou participar numa festa? Afinal, o Convento é tanto do rei como deles. O dinheiro que conseguiu pagar foi o do rei, mas o suor que o conseguiu erguer foi o dos trabalhadores. Será que a nobreza pensou alguma vez assim? Será que mesmo assim continuou a ver nestes trabalhadores só um mísero povo, com quem tinha vergonha de ter alguma coisa a ver? Sim, e isso podemos nós ver no Memorial do Convento, onde José Saramago retratou bem todos os trabalhadores e todos os criados e pessoal do rei, todos os seus caprichos. Sempre com um tom de ironia como acompanhamento.</p><p class="MsoNormal">Joana Rosa, 12º K<br /></p>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-21301761958743142082008-05-08T14:13:00.000-07:002008-05-08T14:16:26.460-07:00ConcursoInformação via Conselho Executivo:<br /><p class="MsoNormal"><span style="font-family:Arial;font-size:100%;"><span style="font-size: 12pt; font-family: Arial;"></span></span><span style="font-family:Arial Black;color:#3366ff;"><span style="color: rgb(51, 102, 255); font-family: 'Arial Black';"> VENHA COM O MUSEU DA ÁGUA VISITAR A EXPO SARAGOÇA 2008! <o:p></o:p></span></span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;color:#3366ff;"><span style="font-weight: bold; font-size: 10pt; color: rgb(51, 102, 255); line-height: 150%; font-family: Verdana;">O Museu da Água da EPAL está oferecer uma viagem a uma turma do ensino secundário à Exposição Internacional Saragoça 2008, durante os dias 24, 25 e 26 de Junho. Esta turma terá como missão representar o nosso país no dia 25 de Junho, no Encontro do Fórum Jovem, onde vão estar escolas a nível de toda a Europa.<o:p></o:p></span></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;color:#3366ff;"><span style="font-weight: bold; font-size: 10pt; color: rgb(51, 102, 255); line-height: 150%; font-family: Verdana;"><o:p> </o:p></span></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;color:#3366ff;"><span style="font-weight: bold; font-size: 10pt; color: rgb(51, 102, 255); line-height: 150%; font-family: Verdana;">Para concorrer a esta viagem, basta apenas fazer um pequeno trabalho em powerpoint com 20 diapositivos no máximo, com uma pequena investigação sobre o Rio Ebro e um rio português à vossa escolha. O trabalho para ser validado basta apenas trazer o título “Como eu sinto o meu rio e o rio Ebro que não conheço”, ficha técnica (nome da escola, contactos, n.º de alunos da turma + professor responsável) e a investigação solicitada.<o:p></o:p></span></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;color:#3366ff;"><span style="font-weight: bold; font-size: 10pt; color: rgb(51, 102, 255); line-height: 150%; font-family: Verdana;"><o:p> </o:p></span></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;color:#3366ff;"><span style="font-weight: bold; font-size: 10pt; color: rgb(51, 102, 255); line-height: 150%; font-family: Verdana;">Envie o quanto antes o vosso trabalho para </span></span></b><b><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;color:blue;"><span style="font-weight: bold; font-size: 10pt; color: blue; line-height: 150%; font-family: Verdana;"><a title="mailto:raquel.soares@sairdacasca.com" href="mailto:raquel.soares@sairdacasca.com">raquel.soares@sairdacasca.com</a></span></span></b><b><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;color:#3366ff;"><span style="font-weight: bold; font-size: 10pt; color: rgb(51, 102, 255); line-height: 150%; font-family: Verdana;"> e vão connosco até Saragoça! <o:p></o:p></span></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;color:#3366ff;"><span style="font-weight: bold; font-size: 10pt; color: rgb(51, 102, 255); line-height: 150%; font-family: Verdana;">A data limite é 26 de Maio.<o:p></o:p></span></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;color:#3366ff;"><span style="font-weight: bold; font-size: 10pt; color: rgb(51, 102, 255); line-height: 150%; font-family: Verdana;">Para mais informações sobre a Expo Saragoça consulte o site </span></span></b><b><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;color:blue;"><span style="font-weight: bold; font-size: 10pt; color: blue; line-height: 150%; font-family: Verdana;"><a title="http://www.expozaragoza2008.es/" href="http://www.expozaragoza2008.es/">www.expozaragoza2008.es</a></span></span></b><b><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;color:#3366ff;"><span style="font-weight: bold; font-size: 10pt; color: rgb(51, 102, 255); line-height: 150%; font-family: Verdana;"><o:p></o:p></span></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; text-align: justify;"><b><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;color:#3366ff;"><span style="font-weight: bold; font-size: 10pt; color: rgb(51, 102, 255); line-height: 150%; font-family: Verdana;">Em caso de dúvida contacte o n.º 21 315 30 66/ 21 355 82 96.<o:p></o:p></span></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 14pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family:Verdana;font-size:78%;color:#3366ff;"><span style="font-weight: bold; font-size: 8pt; color: rgb(51, 102, 255); font-family: Verdana;"><o:p> </o:p></span></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 14pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;color:#3366ff;"><span style="font-weight: bold; font-size: 10pt; color: rgb(51, 102, 255); font-family: Verdana;">Boa sorte!<o:p></o:p></span></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 14pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family:Arial;font-size:85%;color:#3366ff;"><span style="font-weight: bold; font-size: 10pt; color: rgb(51, 102, 255); font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 14pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;color:#3366ff;"><span style="font-weight: bold; font-size: 10pt; color: rgb(51, 102, 255); font-family: Verdana;">Com os melhores cumprimentos, <o:p></o:p></span></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 16pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;color:#3366ff;"><span style="font-weight: bold; font-size: 10pt; color: rgb(51, 102, 255); font-family: Verdana;"><o:p> </o:p></span></span></b></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 16pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;color:#3366ff;"><span style="font-weight: bold; font-size: 10pt; color: rgb(51, 102, 255); font-family: Verdana;">Margarida Ruas<o:p></o:p></span></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height: 16pt; text-align: justify;"><b><span style="font-family:Verdana;font-size:85%;color:#3366ff;"><span style="font-weight: bold; font-size: 10pt; color: rgb(51, 102, 255); font-family: Verdana;">Directora do Museu da Água da EPAL<o:p></o:p></span></span></b></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-family:Arial Black;font-size:130%;color:#3366ff;"><span style="font-size: 14pt; color: rgb(51, 102, 255); font-family: 'Arial Black';"><o:p> </o:p></span></span></p> <div> <p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 12pt;"><span style="font-family:Arial;font-size:78%;color:black;"><span style="font-size: 9pt; color: black; font-family: Arial;"><o:p> </o:p></span></span></p></div>Anonymousnoreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-27702141287911176892008-05-07T10:25:00.000-07:002008-05-08T03:39:40.482-07:00O ritmo no jazzNo vídeo abaixo, José Meneses explica de que modo a mesma melodia é tocada segundo um ritmo clássico e seguidamente com a acentuação de jazz.Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-84379987403095483922008-05-07T10:12:00.000-07:002008-05-07T10:25:04.962-07:00Sessão de Jazz na Gulbenkian com o quinteto de José MenesesSobre esta maravilhosa sessão aqui havemos de escrever, para já aqui fica um vídeo do Augusto do 12º K.<br /><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.blogger.com/video.g?token=AD6v5dzxyk8Cw-LAAhi_P6_PFgWOqME8wMPlZ_B3Iy5RADDr3HVFJvIagYdTRUOMM1Z1OMMeLvInCnp47Ol9x-9tFw' class='b-hbp-video b-uploaded' frameborder='0'></iframe>Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-22901426802863865172008-05-06T14:57:00.000-07:002008-12-10T20:19:28.411-08:00Ainda o dia do Português<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_xnH3UyX4R1Q/SCDVg1YfCnI/AAAAAAAAARA/gtxaZbt-8HA/s1600-h/DSC00891.JPG">Maria Cristina Peres, também poeta e professora.<br /><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://1.bp.blogspot.com/_xnH3UyX4R1Q/SCDVg1YfCnI/AAAAAAAAARA/gtxaZbt-8HA/s400/DSC00891.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5197388730047859314" border="0" /></a><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_xnH3UyX4R1Q/SCDU3FYfCmI/AAAAAAAAAQ4/JlzuCfvfheg/s1600-h/DSC00888.JPG"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="http://2.bp.blogspot.com/_xnH3UyX4R1Q/SCDU3FYfCmI/AAAAAAAAAQ4/JlzuCfvfheg/s400/DSC00888.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5197388012788320866" border="0" /></a><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />Poeta convidada e ex-professora Maria Azenha lendo poemas do seu último livro e um inédito.Anonymousnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9214413097796767343.post-28201489670260116442008-04-30T09:47:00.000-07:002008-05-08T03:39:05.624-07:00Ainda a propósito do Memorial do Convento:<p><span style="font-size:85%;">Respondendo a uma dúvida de Scarlatti quando vai visitar a passarola:</span></p><p><span style="font-size:85%;">"[...] mas havendo esta ave de voar, como sairá, se não cabe na porta."<br /></span></p><p><span style="font-size:85%;">devendo nós ler aqui uma pergunta, que Saramago, apesar de estar em Espanha, não só não adoptou o princípio deste pais de anteceder as perguntas de uma interrogação, como elimina as habituais à língua nossa, facto que muito preocupou os alunos, mas já começam a habituar-se a este ritmo e esta respiração, como se previa.<br /></span></p><p><span style="font-size:85%;">Afirma Blimunda, </span></p><p><span style="font-size:85%;">"<span style="color: rgb(51, 51, 153);">Há um tempo para construir e um tempo para destruir,</span> umas mãos assentaram as telhas deste telhado, outras o deitarão abaixo, e todas as paredes, se for preciso."</span></p><p>E cá estamos nós no intertexto:<br /></p><p><span style="font-size:85%;"><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">Eclesiastes 3</span><br /><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">1 Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo propósito debaixo do céu.</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">2 Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">3 tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derribar, e tempo de edificar;</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">4 tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">5 tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de abster-se de abraçar;</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">6 tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de deitar fora;</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">7 tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">8 tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">9 Que proveito tem o trabalhador naquilo em que trabalha?</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">10 Tenho visto o trabalho penoso que Deus deu aos filhos dos homens para nele se exercitarem.</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">11 Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs na mente do homem a idéia da eternidade, se bem que este não possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até o fim.</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">12 Sei que não há coisa melhor para eles do que se regozijarem e fazerem o bem enquanto viverem;</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">13 e também que todo homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho é dom de Deus.</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">14 Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe pode acrescentar, e nada se lhe pode tirar; e isso Deus faz para que os homens temam diante dele:</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">15 O que é, já existiu; e o que há de ser, também já existiu; e Deus procura de novo o que já se passou.</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">16 Vi ainda debaixo do sol que no lugar da rectidão estava a impiedade; e que no lugar da justiça estava a impiedade ainda.</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">17 Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo propósito e para toda obra.</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">18 Disse eu no meu coração: Isso é por causa dos filhos dos homens, para que Deus possa prová-los, e eles possam ver que são em si mesmos como os brutos.</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">19 Pois o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos brutos; uma e a mesma coisa lhes sucede; como morre um, assim morre o outro; todos têm o mesmo fôlego; e o homem não tem vantagem sobre os brutos; porque tudo é vaidade.</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">20 Todos vão para um lugar; todos são pó, e todos ao pó tornarão.</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">21 Quem sabe se o espírito dos filhos dos homens vai para cima, e se o espírito dos brutos desce para a terra?</span><br /><span style="font-style: italic; color: rgb(51, 51, 153);">22 Pelo que tenho visto que não há coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras; porque esse é o seu quinhão; pois quem o fará voltar para ver o que será depois dele?</span><br /></span></p>Anonymousnoreply@blogger.com0