segunda-feira, 12 de maio de 2008

Reflexão Pessoal a Propósito de um Poema de Brecht e de Memorial do Convento

Reflexão Pessoal a propósito de um Poema de Brecht e de Memorial do Convento

A obra Memorial do Convento revela como parte da sua essência uma preocupação a nível social e histórico. A história desta obra tem um 'novo' herói, um 'novo' ponto de vista, uma perspectiva realista.
Ao contrário do que a maioria das histórias, bem como do próprio ensino da história nos incutem, focando a acção da realeza, o autor preocupa-se em salientar a outra e ignorada face: o povo.
Também Brecht ao escrever um poema no qual um leitor operário se questiona relativamente a quem lutou e executou os grandes feitos, alerta o leitor (ou ouvinte) para a mesma questão, a outra face, a perspectiva do povo.
Ambos vêm questionar-se acerca dos verdadeiros heróis da História, afirmando que é o povo o verdadeiro herói valoroso da história.
Brecht cita grandes nomes da história a quem estão associados grandes feitos, e os restantes?
Os restantes evidencia Saramago ao dedicar uma página do seu romance à enumeração de nomes, de homens comuns, mas extraordinários pelo seu feito, A construção do convento.
Ambos se questionam mais além, ambos querem ir mais fundo do que apenas a um nome, desejam exaltar o verdadeiro construtor, lutador, conquistador. Os trabalhadores na construção do convento, podem ser associados à metáfora do título do poema de Brecht, de um leitor operário, ou seja, um trabalhador.
O que nos remete então para uma ideologia de defesa e valorização dos trabalhadores. Saímos da obra para os autores, sempre com a mesma essência, a mesma base. Estas preocupações revelam os ideais pessoais dos homens por detrás dos textos. Os ideais de ideologias democráticas, de liberdade, e de defesa de todos, da maioria, do antigo 'povo' e da grande sociedade de hoje e de sempre.
Marta, 12º J

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