segunda-feira, 12 de maio de 2008

Texto com base em xcertos dos contos lidos no 2º período


Ainda há pouco tempo era uma manhã de Outono, não com muito sol, em que acordava bem disposta e tudo era perfeito e claro como a água.

Hoje, é um belo dia de Março, que de belo devo dizer que não tem nada a não ser a Primavera a sussurrar baixinho. A coisa que mais me perturba nesta espera, é ver o dia a passar e não saber nada de nada, não haver um único sinal de vida. Antes costumava dizer “Tenho os olhos ainda cheios de sono”, mas agora já não diz nada. Eu em contrapartida nunca conseguirei dizer nada ao falar. É por isso que escrevo. Aliás, mesmo quando o tentei fazer, para me fazer ouvir, tinha de lançar frases curtas, quase gritando. Eu tentei e acho que até chegou a dizer qualquer coisa, mas não percebi o quê. E acho que era importante, mas continuei a lançar as minhas frases curtas. Instintivamente baixou a cabeça à altura da do cavalo e ao mesmo tempo afastámos os olhos um do outro, como se estivéssemos a procura de outro. Temos um ar suspeito, e mais que nunca, parece-me.

“Vejo-te nervoso” – disse eu, passado um bocado. Mas ficou quieto a olhar fixamente para as trevas. E nunca mais respondeu… Oh, não era assim. Não era assim que imaginávamos esta luta.

Joana Rosa, 12º K

Nenhum comentário: