Era um dia de sol, porém com chuva, todos tinham ido ao cabeleireiro e tinham perfumado as roupas mais caras e com os melhores tecidos para aquela ocasião. Era o baptismo de Júlia. Toda a família estava presente excepto o avô, que ao vir de Viseu teve o desastre de furar um pneu e por isso ia chegar mais tarde. Os pais de Júlia estavam extremamente nervosos e não tinham grande jeito para receber os convidados, ou mesmo para segurar na bebé. Já estavam todos sentados, e o primo Francisco divertia-se a mandar papelinhos com a sua nova fisga.
O padre entra na igreja e caminha sobre a carpete vermelha ao fundo da qual a pequenina espera o reconhecimento de Deus. O evento já vai a meio, até que aparece o avô completamente encharcado, corre até ao altar, molha a cabeça na fonte de água benzida e diz: "sempre quis ser baptizado".
Ana Vale
12º K
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