terça-feira, 2 de outubro de 2007

1 de Outubro, dia Mundial da Árvore e da Música



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Poema XIV de "O Guardador de Rebanhos"

"Não me importo com as rimas. Raras vezes
Há duas árvores iguais, uma ao lado da outra.
Penso e escrevo como as flores têm cor
Mas com menos perfeição no meu modo de exprimir-me
Porque me falta a simplicidade divina
De ser todo só o meu exterior

Olho e comovo-me,
Comovo-me como a água corre quando o chão é inclinado,
E a minha poesia é natural como o levantar-se vento..."

Alberto Caeiro

TREPAR ÀS ÁRVORES

Quando à noitinha sairdes do banho -
Pois tendes de estar nus, e a pele macia -
Subi ainda então às vossas grandes árvores
Com crisa branda. E que o céu esteja também claro.
Escolhei árvores grandes que à noitinha são negras
e baloiçam os cumes devagar. Esperai
Pela noite entre a folhagem, e que haja
Em roda da cabeça pesadelos e morcegos.
[...]

BRECHT, Bertolt. Poemas e Canções. Coimbra. Livraria Almedina. 1975


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"Sofres?
Respira.
Não há outra lira."

José Gomes Ferreira (n. Porto 1900, m. Lisboa 1985)



"Quando soam as cordas
do seu instrumento,
doces e suaves,
então dissolvem-se as dores de quem sofre."

Da epopeia dos Nibelungos (c. 1200)

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