sábado, 1 de dezembro de 2007

Relatório da Aula do dia 10 de Outubro de 2007

Relatório - 10 Outubro 2007, Quarta-Feira

Iniciou-se a lição número 6, do dia 10 de Outubro de 2007.

Como habitualmente, escreveu-se as efemérides no quadro: 9 de Outubro – Nasceu Mário Andrade, escritor e idealizador da semana de Arte Moderna; 9 de Outubro de 1990 – Morreu João Cabral de Mello Neto, poeta e diplomata brasileiro (nasceu em 1920); 9 de Outubro de 1261 – Nasceu D. Dinis; 9 de Outubro de 1972 – Exposição Cubista em Paris; 8 de Outubro de 1998 – José Saramago recebe o Prémio Nobel da Literatura; 11 de Outubro de 1971 – Inicio da gravação das Cantigas de Maio de José Afonso, em Paris.

Posteriormente, relacionou-se as efemérides trazidas com o conteúdo lectivo, fazendo-se alusão à efeméride de D. Dinis, devido à sua importância como um dos primeiros poetas portugueses e à poesia trovadoresca dos séculos XII, XIII. Para além do mais, Fernando Pessoa irá referir na sua obra Mensagem, D. Dinis pelo seu lado humanista e pela preocupação com a plantação de árvores, que irá ser de extrema importância para a criação de naus e outros meios de transporte para o desenvolvimento dos descobrimentos por via marítima. Foi lido pela professora um excerto de um texto de José Saramago, referente à vida no campo com os seus avós, o qual vem ao encontro da efeméride, pois foi este o texto escolhido para ser lido na entrega do Prémio Nobel da Literatura na Academia Sueca (SARAMAGO, José. Discurso na Academia Sueca. 1998). Por último, as Cantigas de Maio de José Afonso, foram relacionadas com um texto que posteriormente será estudado, Felizmente há Luar de Luís Sttau Monteiro, pois em ambas as obras destes escritores são denunciadas as injustiças e opressões por parte do regime salazarista.

Devido à sobrecarga dos trabalhos na disciplina, a professora optou pela possibilidade de os alunos trazerem ou não as efemérides, sem qualquer compromisso. Mudou-se também a data do dia que irá ser concedido para a realização e desenvolvimento do trabalho de grupo (Renascimento, Classicismo e Humanismo; Modernismo e os seus “ismos”; Sebastianismo e o 5º Império; Conceito de Narrativa, Épica e Lírica; A Geração de Orpheu), para o dia 10 de Outubro de 2007, sexta-feira – lição número 7.

A actualizaram-se os sumários desde a lição 2 até à lição 5: Lição nº 2 – Apresentação dos temas a estudar pelos grupos e dos poetas a estudar: Luís de Camões e Fernando Pessoa. Leitura de um excerto d’ Os Lusíadas e de um poema de Fernando Pessoa, ortónimo. Comparação, Paradoxo, Metáfora e Antítese. Lição nº 3 – Audição da Sagração da Primavera de Stravinski. Relação com o Modernismo. Introdução ao Renascimento. Aliteração e Animização. Lição nº 4 – Exercício poético a partir de poema T. S. Eliot. Continuação do estudo: Classicismo, Humanismo e Modernismo. Lição nº 5 – Os modos literários que deram origem a Os Lusíadas. Estrutura interna e externa. Características das epopeias. No fim desta actualização, a professora optou para que os sumários fossem escritos no fim de cada lição.

Antes da leitura do relatório elaborado pelo João e do diário da Catarina, a aluna Ana Salomé (encarregada por escrever no quadro os alunos que farão o relatório e diário) escreveu que os responsáveis pelo relatório da aula nº 7 (17/10/2007) será a Ana Salomé e pelo diário será o Sandro.

Introduziu-se a matéria com a revisão da estrutura interna e externa, leccionado na aula anterior, na qual se fez referência aos aspectos fulcrais de uma epopeia (exemplo: a personagem principal terá que ocupar um cargo de importância, ter uma moral correcta, ser um guerreiro heróico que desafiou os deuses – acção épica, maravilhoso, episódios, protagonista) e aplicaram-se os conteúdos a Os Lusíadas, comparando-se às epopeias gregas e romanas e os seus cânones na criação da estrutura interna da obra. Ainda referente a Os Lusíadas, analisou-se que as estruturas não coincidiam e que dentro dos 3 géneros literários (Narrativa, Lírica e Épica), a Narrativa é o modo utilizado por Luís Vaz de Camões nesta obra.

Registou-se no quadro as diferenças entre os conceitos de Emissor, Receptor, Referente, Canal, Código e Mensagem, em que cada qual tem uma função diferente. Quanto ao Emissor, a forma sentida de falar tem como função emotiva ou expressiva, já o Receptor quando é “persuadido” / “levado a...” / “manipulado”, a função é apelativa, se o referente é que contém a tónica do discurso é a função informativa ou referencial, caso seja na mensagem que está o trabalho da estética do texto/discurso dá-se o nome de função poética (exemplo: “Primeiro estranha-se e depois entranha-se” – Fernando Pessoa – slogan utilizado pela Coca-Cola), contudo, se o discurso/texto estiver centrado no canal, tem como nome função fática; por último, a função metalinguística, quando está focada no código. Para uma melhor compreensão, deu-se o seguinte exemplo: Sendo o Emissor a Professora, os Alunos seriam o receptor, onde o conteúdo seria o Referente, o Canal a fala, a Mensagem, como é transmitido e o código a Língua Portuguesa oral.

Deu-se início ao estudo d’ Os Lusíadas com a leitura do esquema da página 24, onde desta forma pudémos analisar de forma sintética alguns aspectos da história, como os planos da narração (Mitológico – Deuses / O Maravilhoso; Histórico – História de Portugal). De seguida, procedeu-se à leitura da Proposição (Canto I) da página 25, tendo em conta as funções estudadas, certos aspectos da língua portuguesa e recursos de estilo: Arcaísmos – “se alevanta”; Valor Causal – “que”; Condição – “se”; Função Apelativa – “Cessem do sábio grego (...) Trajano”- 3 estrofe, 1º ao 3º verso; Função Informativa – “As armas e os barões (...) esforçados”- 1 estrofe, 1º ao 5º verso; Função Emotiva – “se vão da lei da morte (...) engenho e arte”- 2 estrofe, 6º ao 8º verso; Sinédoque – “Ocidental praia Lusitana”- Portugal.

Depois de lida a Proposição resolveu-se de forma rápida, sintética e oral o questionário da página 27: 1 – 1.1. Propor. 1.2. Acto ou efeito de propor / proposta / oração gramatical. 1.3. É adequado na medida em que a Proposição tem como objectivo antes de narrar as historias, introduzir / dar a conhecer o quanto o povo português é corajoso e heróico. 2 – Camões irá cantar os feitos gloriosos dos portugueses e tem como objectivo imortalizá-los de forma a que ninguém os esqueça, como nunca esqueceram os heróis gregos e romanos; E ele cantará de um particular para um todo, na medida em que todo o povo português foi importante, aquele povo que lutou com os grandes heróis portugueses lado a lado. 3 – Os portugueses foram o primeiro povo a ir mais além, a explorar o desconhecido e a dobrar o Cabo das Tormentas com o objectivo de chegar a Índia, logo, de forma gloriosa Camões engrandecê-los-á devido a terem realizado um feito nunca antes feito. “Mais do que prometia a força humana...”, é claro, a partir deste verso, o quanto os heróis portugueses são glorificados, até mesmo comparados a deuses, devido a terem superado qualquer esforço humano. 4 – 4.1. Camões está a propor compor este livro com o objectivo de imortalizar os feitos dos portugueses por toda a parte.


Bernardo Castro, 12ºJ Nº 9

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