quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

RELATÓRIO DA VISITA DE ESTUDO DE PORTUGUÉS DO DIA 21 DE NOVEMBRO 2007

RELATÓRIO DA VISITA DE ESTUDO DE PORTUGUÉS DO DIA 21 DE NOVEMBRO 2007

Nota introdutória: de forma a encarar este trabalho como um desafio à criatividade, para evitar transformá-lo num monstro chato, ocorreu-me fazê-lo à minha maneira.

Isto não significa que desatarei a narrar acontecimentos pessoais, subjectivos. Tentarei ao máximo conservar a ideia de relatório. Embora... diferente.

Espero ser breve e objectiva, de modo a transmitir o mais importante.

Segunda Nota introdutória: anexei ao texto fotocópias dos esboços e rabiscos de apontamentos que realizei durante a visita.

Amanda Baeza

12ºJ nº3



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CAFÉ DO PESSOA: A BRASILEIRA

Cheguei às 9h13.

A Brasileira foi o centro de reunião dos modernistas, pois era ali que eles conversavam, discutiam, inventavam sobre a actualidade e o futuro. Isto no século XX, por volta de 1913.

Deste grupo de modernistas, fizeram parte escritores e artistas, como Mário de Sá-Carneiro, Amadeo de Sousa-Cardoso, Almada Negreiros (autor de loucuras, como atirar-se e deslizar sobre as mesas, tivessem ou não ocupantes), Santa-Rita e, naturalmente, Fernando Pessoa.

Esta geração de artistas, tanto das letras como dos pincéis e cinzeis, chama-se Geração do Orpheu, muitos deles participaram e colaboraram na criação da revista Orpheu, o berço do Modernismo e os seus “ismos”, a polémica introdução dos valores estéticos da vanguarda, em Portugal.

Curiosidade: a Brasileira foi a primeira casa a servir café em Lisboa. E foi aqui que o termo “bica” surgiu. Na realidade, “bica” significa “beba isto com açúcar”.

A escultura de Fernando Pessoa, que se encontra à entrada (é da mão de Lagoa Henriques), esculpida anos depois da sua morte, em sua homenagem.

VARANDA DO PESSOA

Foi no prédio nº18, do Largo do Carmo, que Fernando Pessoa viveu, durante os anos de 1908 até 1912.


Às 10h20 entrámos no museu do Chiado, de cujo interior e recheio sempre gostei. Fascinante. Falo do museu em si. Não das exposições. No entanto, elas não ficam de parte.


Nesta exposição demonstra-se a influência dos objectos electrodomésticos (perdão, electrónicos), na vida do ser humano. Os artistas procuram, nas suas obras, dar outro sentido ou uma nova utilização às invenções do século. A explorá-las. Impressionar os observadores e integrá-los nas obras.

Obra que achei mais interessante: muitas.

Obra que posso descrever: de Chris Marker. Materiais utilizados (ou aparelhos utilizados): câmara, microfone, altifalante e televisor.

O autor pretendia, com esta instalação, dar um novo olhar às típicas câmaras de vigilância. Passo a explicar. As câmaras de vigilância limitam-se a espiar, por exemplo, os clientes de uma determinada loja. Nesta obra, Marker estabeleceu uma nova funcionalidade: o observador não só vê os outros, como também pode direccionar a câmara e interferir, oralmente, com os “vigiados”.

VARANDA EM TAMANHO GRANDE

Almoçámos às 12h42, no miradouro de Santa Catarina, depois de uma pequena confusão para lá chegar.

Frase em destaque: (do texto D. Sebastião Rei de Portugal) “Ficou meu ser que houve, não o ser que há.”. Parece impossível, estranho, incompreensível, e mesmo assim, frases destas constroem-se na minha cabeça, sem mesmo eu as perceber. É de Fernando Pessoa.

Sinceramente, agora estou a puxar pela cabeça para explicar a minha perspectiva deste verso. Para isso vou começar da maneira errada:

É como se...

É como se o meu espírito do passado fosse presente, estivesse presente. E aqui está uma enorme confusão cerebral! Peço desculpa à professora se não consigo explicar-me.

(De O Mostrengo): este é o poema da Mensagem mais enjoativo (pois toda a gente e em todo o lado se repete) e, ao mesmo tempo, um dos que mais gosto e que, a cada nova leitura, encontro novas coisas que me impressionam. “El-Rei D. João Segundo!”. Ouviste, Mostrengo?. “Aqui ao leme sou mais do que eu!”. Sou um povo. Um todo.



UMA SÉRIE DE VARANDAS

Fizemos uma paragem ao pé dos Armazéns do Chiado. Obviamente, realizou-se uma leitura. E na rua Nova do Almada, recitou-se (se é assim que se pode chamar), uma introdução aos locais visitados: no texto evocavam-se uma série de espaços (com as suas respectivas varandas), frequentados por Pessoa.

Rua 1º de Dezembro...

Estação do Rossio. A estação do Rossio é um monumento romântico, com características manuelinas. Foi fechado ao público pois ganhava em beleza e perdia no conforto.

(Outras ruas: outras varandas: Rua da Betesga, Rua dos Fanqueiros, Rua do Ouro, Rua Augusta, Rua da Prata, Rua de São Julião, Rua da Vitória). Lembro-me do cheiro a caril.

No meio desta veias todas do coração do país, a capital, parámos na praça do Teatro de Dona Maria, que pertence ao estilo neoclássico. A coroar o frontão encontra-se a estátua de Gil Vicente, fundador do teatro português.

Frase em destaque: “Há uma alegria sossegada no ar”. Que brincadeira. A alegria imaginava-a tudo menos sossegada, talvez pela juventude. E esta frase não me intrigou, como também me fez pensar... Pois é! Existem muitos tipos, géneros, famílias de alegrias!



VARANDAS DO TERREIRO DO PAÇO (ALGUMAS IMAGINÁRIAS)

Foi aqui, à frente (ou melhor, no meu caso, de costas) à Praça do Comércio, que li um texto de Bernardo Soares, heterónimo de Fernando Pessoa, um fragmento do livro O Desassossego.

APARTE: Pessoa escreveu muitas páginas do Desassossego, no nº4, no 1º andar, na R. dos Fanqueiros.

Entramos no café/restaurante “Martinho da Arcada”, frequentado, claro, lógico, obviamente, por Fernando Pessoa.

FIM DA VISITA.

mas não do caminho.

MATERIAL UTILIZADO

-O meu bloco de notas

-A minha memória.

-Algumas notas de História do meu caderno.

TRABALHO DA ALUNA

Amanda Baeza, 12ºJ nº3




Um comentário:

Anônimo disse...

Amanda, não consegui colocar as imagens; se conseguires enviar-mas separadamente, será excelente.
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