quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Relatório da Visita de Estudo “Uma Lisboa em Pessoa”

A visita começou às 09h00 no café “A Brasileira”. Este café que tem uma grande carga histórica era considerado um escritório modernista devido ao tempo que Fernando Pessoa nele passava.

Seguiu-se a ida ao Largo do Carmo onde predomina o estilo Pombalino.

Após o terramoto, o convento que está neste largo ficou destroçado, sobrando só deste as suas ruínas. Na época do Romantismo estas ruínas vão ser aproveitadas acabando elas por ser reconstruídas.

Seguidamente fomos ao Largo de São Carlos onde Fernando Pessoa morou (no 1º andar) até aos seus seis anos. O teatro de São Carlos é provavelmente o edifício de maior destaque neste largo. Este inicialmente pertencia ao barão de Quintela que acabou por cedê-lo a troco de um camarote ao lado do da família real. Este edifício é, sem dúvida, um exemplo de arquitectura neo-clássica em Portugal. Isto pode verificar-se pelas suas características arquitectónicas:

▪ Austeridade nas proporções;

▪ Pouca ornamentação;

▪ Ordem racional;

▪ Simetria.

Vimos também a Igreja dos Mártires, igreja onde Fernando Pessoa foi baptizado. A decoração interior deste edifício foi entregue a Pedro Alexandrino. A sua fachada é o principal testemunho da Nova Era que foi edificada em 1975/1984.

Seguiu-se a visita ao Museu do Chiado onde tivemos oportunidade de ver uma exposição sobre os media. Esta apresentava a história do vídeo, através das obras de alguns artistas contemporâneos, de entre os quais Bill Viola, Douglas Gordon, Stan Douglas, entre outros.

A exposição teve uma parte inicial onde foi apresentada a importância da televisão enquanto media, desde os seus primórdios. Existiram referências à forma como as pessoas na altura reagiram ao aparecimento da televisão, sendo visível um grande contraste com a actualidade.

Posteriormente, na mesma exposição, vimos como os media actualmente podem ser utilizados de várias formas, como no caso dos fins artísticos, onde não se procura só uma contemplação da obra por parte do público, mas também que este faça parte dela. Dois exemplos desta participação activa foram a câmara na entrada, que obrigava a uma interacção entre obra e público, e um boneco suspenso no tecto que possuía uma câmara oculta que transmitia imagens para um espaço separado onde outras pessoas poderiam assistir à transmissão das imagens e, consequentemente, interagir com estas por meios áudio. Actualmente, na arte contemporânea (em ascensão), verifica-se uma tendência para a utilização dos media como forma de manifestar o descontentamento relativo ao rumo que actualmente a televisão tomou.

Seguidamente fizemos uma pausa para almoçar e retomámos a visita. Reunimo-nos no miradouro de Santa Catarina onde vimos a estátua do “Adamastor”. Esta está virada para o rio à semelhança d’Os Lusíadas, em que o Adamastor também se encontrava no mar. Para recriar a atmosfera da obra de Camões lê-mos excertos do episódio do Adamastor.

Saindo deste espaço, percorremos as ruas e os espaços que o poeta Fernando Pessoa percorreu, enquanto vivo. Foi o caso de locais como o Terreiro do Paço, a Rua da Prata, os Restauradores, o Rossio, Rua Nova do Almada, Rua Augusta e Rua do Ouro.

Na minha opinião, tratou-se de uma visita interessante e bastante fora do vulgar, distinguindo-se de todas as outras visitas pelo facto de existir um grande interesse em que conheçamos um pouco mais a fundo o enquadramento da matéria a estudar.

Trabalho realizado por:

David Catela Monteiro

Nº 8

12º K

Nenhum comentário: