segunda-feira, 10 de março de 2008

[Um pequeno diário de Álvaro de Campos, numa aula com Alberto Caeiro.]

Estávamos numa sala. Não era uma sala qualquer, era uma sala de estudo.

O meu mestre, Alberto Caeiro, começou a aula e começa como sempre com a sua frase predilecta “só sentes se não pensares”.

No meu ser, adoro o meu mestre, mas não consigo ser como ele.

- Campos, fica atento à aula e está quieto!

Não consigo parar um segundo, quero fazer o clique na minha caneta o máximo que puder até ter o som indeterminado do clique!

[…]

- “Se eu pensasse nessas cousas, Deixaria de ver as arvores e as plantas (…)” – diz Caeiro – Campos, comenta isto.

- Se eu pensasse nessas cousas, deixaria de ver a forma das árvores, sentir a suavidade das flores na minha pele, e não ouviria o som dos pássaros até as minhas orelhas estremecerem.

- Muito bem Campos, mas também não exageres!

Queria muito sentir isto tudo de facto, mas não consigo fazer como o mestre me pede…

[Um pequeno diário de Álvaro de Campos, numa aula com Alberto Caeiro.]

Ana Vilar nº5 12ºJ

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